RESUMO
Este
estudo apresenta as atividades realizadas pelos bolsistas PIBID Letras
Espanhol, junto a Escola Estadual Província de Mendoza, reflexões sobre as práticas
aplicadas, a relevância dos assuntos abordados e resultados alcançados.
INTRODUÇÃO:
O
nosso país, este ano de 2016, apresenta-se ao mundo como país sede das
olimpíadas. Na busca de que nossos estudantes possam despertar o orgulho pelo
país, e passar a entender a importância deste evento e a magnitude de um país
ser escolhido para acolher um evento desse porte, os bolsistas PIBID- Letras
Espanhol buscaram através de atividades diversificadas, no primeiro semestre de
2016, abordar assuntos pertinentes ao assunto. Considera-se o tema Olimpíadas
um excelente elemento para abordagem de tópicos referentes à interculturalidade,
o respeito a outras culturas, além da convivência pacifica entre todas. A
própria bandeira já traz essa questão, simbolizando a união. O conhecimento de
outras culturas enriquece o aprendizado do estudante e o faz olhar para sua
própria raiz, com um olhar crítico, possibilitando assim, que este compreenda
sua cultura, e seja capaz de buscar transformação quando necessário. O processo
de globalização, não somente na economia, mas na tecnologia e na comunicação,
tem mostrado a necessidade de comunicação entre diferentes culturas. Através de
pesquisas, os bolsistas concluíram que as instituições de ensino podem e devem
contribuir para que o estudante possa enfrentar e participar ativamente desse
mundo globalizado, e o tema olimpíadas proporciona um magnífico material para a
abordagem de um ensino intercultural.
O
intercultural implica relação, diálogo e comunicação entre as diferentes
culturas, através dos indivíduos e grupos portadores dessas culturas, em
situações interculturais diversas, ou seja, em situações, na qual se encontram
e interagem indivíduos, grupos e instituições originários de universos
culturais diferentes (RAMOS, 2009, p.19)
Projetou-se
ao tema Olimpíada, a possibilidade de um excelente trabalho, para compreensão
do estudante em questões como, promover a interação, a integração e cooperação,
entre indivíduos de diferentes culturas, possibilitando a este estudante a
compreensão de atitudes comprometidas com princípios orientados ao respeito ao
outro e às diferenças.
Durante
as oficinas que abordaram assuntos relativos às Olimpíadas, foram exploradas
questões como: cultura dos países de língua espanhola, vocabulário relativo aos
esportes, paraolimpíadas, construção textual evidenciando preferências, escrita
de cartazes, debate explorando a fala, a função do torcedor enquanto
impulsionador de uma equipe, enfim, os mais diversos aspectos que puderam
enriquecer muito a vivência dos estudantes e tornaram as oficinas atrativas,
visto que tratava-se de um tema de contexto atual.
Ao
reunir-se, coordenação, professora responsável pelo projeto na escola e
bolsistas para o planejamento de atividades referentes ao segundo semestre de
2016 (junho a dezembro), surgiu como proposta, trabalhar teatro com os alunos. A
proposta surgiu através de experiência realizada por uma das bolsistas que
relatou ao grupo ter obtido excelentes resultados com seus alunos na escola
onde atuou como estagiária. Muitos questionamentos surgiram e a ideia foi
amplamente discutida. Entendeu-se que o uso dessa técnica em sala de aula deve ser
planejado, de forma que esta atividade não se transforme, equivocadamente, em
um instrumento de opressão e inibição. Uma vez que, como afirma NAZARETH
(2009):
A
arte é libertária e o teatro é, sem dúvida, das Artes, expressão libertária por
excelência. A possibilidade de “re-viver” sentimentos e situações sem barreiras
de tempo e espaço, de presenciar fatos de verdade ocorridos ou apenas
existentes no imaginário do autor, possibilitam resgate do indivíduo e da
sociedade.
Partindo
desse princípio, questionamentos foram surgindo através de pesquisa. Entende-se
que o educador deve ter bem definido em sua concepção quais os princípios
fundamentais que regem a prática do teatro: o que é uma peça de teatro, como é
a linguagem desse tipo de texto, qual a função do tetro na escola, os elementos
que compõem essa técnica e de que forma avaliar esse tipo de prática.
A partir das respostas obtidas mediante as
pesquisas realizadas surgem, em um segundo momento, os questionamentos do assunto
que seria pertinente abordar e ser trabalhado. Novamente, os bolsistas buscaram
respostas através de pesquisa. Dentre alguns outros assuntos, surgiu a ideia de
trabalhar Bullying. A maioria entendeu que este assunto vem sendo tratado
amplamente pela mídia, e também pela educação. Seria uma forma interessante que,
através do teatro, os alunos apresentassem seu conhecimento e principalmente pudessem
expressar seus sentimentos em relação ao assunto. Esse tema obteve mais relevância,
conforme os questionamentos que foram surgindo nas discussões dos bolsistas,
por entender-se que o conhecimento do assunto pelos futuros professores
(bolsistas) é indispensável para o efetivo combate do problema.
O
Bullying apresenta-se, através das pesquisas realizadas pelos bolsistas, como
um forte fator de risco para comportamentos antissociais individuais geradores
de violência na sociedade. A comunidade escolar deve estar atenta a essa prática.
Esse fenômeno abrange o comportamento cruel no qual os mais fortes convertem os
mais frágeis em objetos de diversão e prazer e as ditas “brincadeiras”
disfarçam o propósito de maltratar e intimidar o outro, conforme FANTE (2005,
p. 28, 29):
“[...]
bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que
ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro (s),
causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis,
gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que
hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à
exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das
manifestações do "comportamento bullying" (FANTE, 2005, p. 28 e 29).
O interesse nas escolas sobre o assunto surgiu
nos anos de 1970, através de fatos que geraram grande tensão e preocupação, levando
a comoções devido à gravidade das consequências que a pratica do Bullying pode
causar. De acordo com o psicólogo José Pedra (Prefacio de Fante, 2005) traz
prejuízos à formação emocional e sócio educacional dos indivíduos, além de
contribuir para a produção, em larga escala, de cidadãos estressados,
deprimidos, com baixa autoestima, baixa capacidade de auto aceitação e
resistência a frustração, reduzida capacidade de autoafirmação e de auto
expressão, além de outras sintomatologias como doenças psicossomáticas e
psicopatologias graves.
Olimpíadas
e Paraolimpíadas: Tema transversal transformado em conteúdo
Começamos conversando com os estudantes sobre as Olimpíadas, o que
sabiam sobre os jogos, se gostavam e assistiam, discutimos sobre a importância
dela acontecer no Brasil e o seu legado, e também sobre as condições do Brasil
em receber um evento deste porte. Também lembramos a importância de praticar
esportes e que os atletas e para-atletas brasileiros são verdadeiros heróis,
pois normalmente são de origem humilde e não recebem muitos estímulos, mas, apesar
disso executam um belo trabalho defendendo nossa pátria. Outro fato importante
de quando se trabalha com asOolimpíadas é a disciplina, pois um atleta de alto
desempenho só consegue brilhar se tem muita disciplina nos treinos e na
alimentação, se cuida-se bem e segue as regras do jogo sem trapacear, além do
mais, os atletas nos ensinam a saber perder, conhecido como espírito esportivo,
pois até as derrotas tem algo para nos ensinar e mostrar. Assim, sendo atleta ou
não, os jogos olímpicos são um exemplo para as crianças, jovens e adolescentes,
mostrando que só conquistamos o que desejamos na vida com muita motivação,
trabalho duro e disciplina.
As
questões lançadas por nosso grupo e as conversas acontecem sempre em espanhol. Citamos
as Olimpíadas que aconteceram em países que tem como idioma oficial o espanhol
e os anos em que aconteceram.
Depois, houve uma série de atividades sobre o
assunto. Primeiramente, um dos bolsistas trouxe para a escola o nome em
espanhol dos esportes praticados nas Olimpíadas com o desenho que representa e
pediu para que cada um escolhesse um esporte para falar sobre a história e
sobre as regras. A apresentação ocorreria na próxima semana.
Na semana seguinte à apresentação, foi
trabalhado com o símbolo olímpico, sua simbologia e o significado das cores
deste. Com esta abordagem foi tratado o tema “Respeito a Diversidade” ; nessa
oportunidade, os alunos puderam expressar, comentários sobre o estranhamento em
comportamentos culturais de outros países. Após. foi realizado um “gancho” e passamos
a trabalhar com as cores em espanhol, ou melhor, relembrando, pois a maioria já
havia estudado esse vocabulário, apenas não lembrava mais. Foi pedido para que
os alunos desenhassem na cartolina o símbolo olímpico, pintando cada anel da
cor correspondente e, que dentro de cada anel desenhassem um esporte (símbolo) a
livre escolha. Desta forma, trabalhou-se um tema transversal, (Olimpíadas) com
conteúdo da língua espanhola e as artes, ou seja, desenvolveu-se um trabalho
interdisciplinar, conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais:
Na
prática pedagógica, interdisciplinaridade e transversalidade alimentam-se
mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas pelos Temas Transversais
expõe as inter-relações entre os objetos de conhecimento, de forma que não é
possível fazer um trabalho pautado na transversalidade tomando-se uma
perspectiva disciplinar rígida. A transversalidade promove uma compreensão
abrangente dos diferentes objetos de conhecimento, bem como a percepção da
implicação do sujeito de conhecimento na sua produção, superando a dicotomia
entre ambos. Por essa mesma via, a transversalidade abre espaço para a inclusão
de saberes extra-escolares, possibilitando a referência a sistemas de
significado construídos na realidade dos alunos. Os Temas Transversais,
portanto, dão sentido social a procedimentos e conceitos próprios das áreas
convencionais, superando assim o aprender apenas pela necessidade escolar. (PCNs,
1997, p. 31)
Por último, foi trabalhado com um texto de
Eduardo Galeano, ‘El Hincha’, sobre a paixão e as características de um jogo de
futebol. O texto foi trazido por duas bolsistas que elaboraram algumas
perguntas de interpretação de texto e algumas de opinião para os alunos
responderem oralmente. Neste momento, percebeu-se a dificuldade que os alunos
tinham em interpretação de texto, inclusive em português, pois mesmo após
traduzirmos o texto com a ajuda deles, vimos claramente, que alguns não
entenderam praticamente nada. Também se percebeu que os alunos são bem tímidos
na questão de participar das aulas, respondendo, opinando, e em atividades como
cantar e dramatizar (teatro). Nota-se que eles apresentam dificuldades para falar
em espanhol, isso talvez ocorra principalmente pela insegurança em participar
destas aulas mais participativas. Como
professores, devemos buscar sempre conteúdos, metodologias e recursos novos
para atrair nosso público alvo e despertar o interesse do aluno a querer
aprender, como ensina VEIGA:
O
professor criativo, de espírito transformador, está sempre buscando inovar sua
prática e um dos caminhos como tal fim seria dinamizar as atividades
desenvolvidas em sala de aula. Uma alternativa para dinamização seria a
variação das técnicas de ensino utilizadas; outra seria a introdução de
inovação nas técnicas já amplamente conhecidas e empregadas (VEIGA, 2007a,
p.35).
Essa
tarefa não é fácil, no entanto, devemos fazer avaliações constantes em relação
ao nosso trabalho, com o intuito de refletir sobre nossa prática como docentes.
A ideia do teatro no último semestre foi boa
justamente por isso, além de estimulá-los a criar, buscar no dicionário as
palavras em espanhol e escrever, eles também teriam que praticar a fala em
público e as pronúncias em espanhol, com a ajuda do grupo de bolsistas e da
professora titular.
Para finalizar, trabalhamos com o tema
Paraolimpíadas. Durante esse evento, os paratletas têm uma história de
superação mais forte ainda que a dos atletas comuns, pois vivem a vida mesmo
com suas dificuldades e ainda treinam e levam uma vida bastante regrada para
tornarem-se atletas de alto desempenho. Um dos bolsistas trouxe a história do
paratleta Alessandro Zanardi, falando sobre a superação humana e os jogos para
olímpicos. Foram motivados então a conversar e pensar sobre a superação, na
escola, dos medos, dos problemas, enfim, na vida.
Teatro e Bullying: A arte imita a vida
No segundo semestre, o grupo de bolsistas
entrou em consenso sobre trabalhar com o teatro, gênero que pode estimular a
criatividade, a pesquisa e tradução do português para o espanhol, a habilidade
e postura ao falar em público, a oralidade do espanhol que necessitava ser mais
trabalhada e outros valores como respeito, cooperação, amizade, já que a
atividade seria feita em grupo.
Após, o grupo do PIBID decidiu que o tema das
peças de teatro seria o Bullying. O tema foi escolhido por estar muito em voga,
por ser um fenômeno que ocorre na escola e vem aumentando a cada dia. Pode
causar evasão da escola por parte da vítima, abalar o psicológico e desenvolvimento
de vários transtornos, lesões leves e graves, alguma falta no agressor (pois
ele também deve ter algo em falta ou excesso por agir assim), e, por fim, até a
morte da vítima. Percebemos como professores e futuros professores que os
jovens não levam muito a sério o tema e acham que o Bullying é uma brincadeira.
Tem que haver um esforço para que se termine com esta mentalidade, pois só
assim os agressores começarão a colocar-se no lugar da vítima e a vítima terá
coragem para denunciar, caso sofra algum tipo de abuso.
Os bolsistas foram à escola para conversar
sobre o Bullying e levaram um vídeo para passar aos jovens. Na conversa
ressaltaram que todos devem saber identificar e não permitir que este fenômeno
se propague, e que há diferenças entre as brincadeiras e o Bullying de fato.
É necessário entendermos que brincadeiras
normais e sadias são aquelas nas quais todos os participantes se divertem.
Quando apenas alguns se divertem a custa de outros que sofrem, isso ganha outra
conotação bem diversa de um simples divertimento. Nessa situação específica,
utiliza-se o termo Bullying escolar, que abrange todos os atos de
violência (físico ou não) que ocorrem de forma intencional e repetitiva contra
um ou um grupo de alunos, impossibilitados de fazer frente às agressões
sofridas.
(SILVA, web)
Quer dizer que a brincadeira não pode chegar
ao ponto de desrespeitae o outro. Ou todos se divertem, ou não é brincadeira. Outra
característica é que o Bullying é uma perseguição; a vítima é sempre a mesma e
é agredida verbal, física ou mentalmente repetidas vezes.
Também foram citados os diferentes tipos de
Bullying e alertado sobre o Cyber Bullying, modalidade mais covarde, pois deixa
os agressores protegidos em perfis falsos, que muitas vezes, sem denuncia, ficam
impunes. Foi lembrado o caso da menina de Veranópolis, que se suicidou ao saber
que teve fotos íntimas do seu corpo vazadas na internet. Foi importante frisar
que o que cai na rede de internet, não tem mais como voltar atrás, pois se
propaga e se compartilha em poucos minutos, e mesmo que se consiga retirar o
vídeo postado, ele já foi compartilhado e visto por milhares de pessoas, eis o
motivo de pensar bem no que publicamos e para quem mandamos fotos e
informações.
Segundo a classificação de
Silva (2010), o Bullying pode
ser verbal, em casos tais como: insultos, ofensas, injurias, xingamentos,
chamar de apelidos pejorativos ou fazer piadas ofensivas. Pode ser por meio
físico e material, como: golpear, açoitar, empurrar, ferir, beliscar, roubar ou
destruir os objetos da vítima ou atirar objetos contra a vítima. Pode ser por
meio psicológico e moral, como com irritações, humilhações e ridicularizações,
exclusões, com a prática de afastar, ignorar e depreciar a vítima, discriminar,
aterrorizar y ameaçar, chantagear e intimidar, tiranizar, dominar, perseguir,
difamar, fazer intrigas e fofocas. Existe também o Bullying sexual, que consiste
em ações tais como: abusos, violência e insinuações. E, por fim, a modalidade
virtual, realizada por meio da Internet com celulares e computadores, mais conhecida
como cyberbullying.
Depois de falar sobre os
diferentes tipos do fenômeno, foi alertado que eles teriam várias opções, tipos
de Bullying para começarem a escrever os roteiros. Os alunos então ficaram à
vontade para fazer questionamentos, contar suas experiências e perceberam que
muitas vezes, praticavam o Bullying sem perceber. Neste momento, o grupo
relaxou e falou com segurança.
Na outra semana os bolsistas
foram até a escola e mostraram para o grupo a história, as partes da peça e o
que faz parte dela, através do Power point. Explicando como escrever e montar
uma peça de teatro.
Na semana seguinte, os alunos
começaram a escrever o roteiro com a supervisão de dos bolsistas do PIBID.
Escreveram primeiramente em português e depois traduziram para o espanhol, com
a ajuda de dicionários, da professora titular e dos bolsistas. Esta etapa levou
três aulas para ser concluída, pois os alunos tinham bastante dificuldade em
passar para o espanhol e muitos erros para ser corrigidos na escrita.
A turma dividiu-se em quatro
grupos escolhidos por eles, conforme seu grupo de amizade. Os ensaios duraram
cinco aulas também. No começo, os alunos não falavam, apenas liam, davam muita
risada e ficavam muito constrangidos. Foram necessários muitos ensaios para que
eles começassem a falar com mais segurança e sem ficar lendo a todo o momento.
O grupo, que no começo parecia
meio desinteressado, ensaiou, trouxe roupas e fez caras e bocas, participando
ativamente da atividade. Como culminância, o grupo dos bolsistas do PIBID-
espanhol reuniu-se para assistir as peças de teatro no final do semestre e
parabenizou o grupo pela criatividade e empenho. Por fim, o grupo agradeceu o
carinho, a atenção, a paciência, a participação nas atividades do grupo que
também aprendeu muito com os jovens. Nesse momento foi entregue uma
lembrancinha para os alunos.
CONCLUSÃO
As possibilidades do
trabalho em sala de aula são as muito diversificadas. Existe um universo ao
dispor do professor chamado saber, mas medir, eleger e mediar um processo de
saber não é uma tarefa fácil. Ao nos depararmos com uma turma de alunos
desestimulados, cansados pela carga de trabalho, pois as aulas eram noturnas,
significar a aprendizagem foi uma tarefa difícil. Mostrar que fazer algo
diferente é uma boa maneira de aprender, foi quase o trabalho de um ano todo.
Muitas vezes, de maneira
equivocada, pensa-se que os estudantes querem coisas diferentes, atrativas, mas
na realidade, infelizmente, verificou-se a dificuldade de trabalhar com o novo,
visto que eles referem as atividades mais fáceis, que precisem de menor
movimentação e esforço mental. E é aí que realmente é uma escola para àqueles
que estão em um programa de iniciação à docência, lidar com a dificuldade, com
a realidade de uma educação que não privilegia o professor, sua prática, que
não estimula o saber, mas sim o certificado de conclusão.
O resultado foi muito
positivo, pois conseguiu-se, ao final, trabalhar a principal dificuldade dos
estudantes, que é a oralidade e por consequência, a exposição em público. Ao
mesmo tempo, foi possível debater um tema mais contextualizado no momento, que
foi a Olimpíada, como um tema que vem há anos sendo trabalhado, que é o bullying,
tipo de prática que é indispensável que o professor saiba identificar e
reprimir. É enriquecedor saber que não se conseguiu atingir a todos, mas a maioria
pode aprender palavras novas e mais do que isso, refletir sobre culturas
diferentes, sua própria cultura e comportamentos sociais.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Parametros Curriculares Nacionais:
Apresentação dos temas transversais, ética. Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília : MEC/SEF, 1997. 146p.
BRASIL, Parâmetros curriculares nacionais de língua
portuguesa: terceiro e quarto ciclo do ensino Fundamental. Brasília MEC,
2001.
DOMINGUEZ, JoséAntonio. Teatro e educação: uma
pesquisa. Rio de Janeiro: Serviço Nacional do Teatro, 1978.
FANTE, Cleo. 2005. Fenômeno bullying: como prevenir a
violência nas escolas e educar para a paz. 2ª edição. Campinas. Editora
Versus, 224 p.
RAMOS, K.V., FIGUEIRÊDO,
A.M.L. Cultura e Turismo: um estudo
sobre as trocas interculturais na prática turística. V ENECULT - Encontro de
Estudos Multidisciplinares em Cultura. Faculdade de Comunicação/UFBA,
Salvador-BahiaBrasil, 2009.
REVERBEL, O. Um caminho do teatro na escola.
Minas Gerais: Scipione, 1989.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying:
Mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.
-------------------------------------- Bullying: Perigo no território escolar.
Disponível em: < http://draanabeatriz.com.br/?p=638 >. Acesso em 23
jan.2017.
VEIGA, I. P. A. (Org.). Técnicas de ensino: por que não?
Campinas-SP: Papirus Editora, 2007a.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.